domingo, 27 de janeiro de 2008
Quase memória, quase-romance
Paralisado com as possibilidades do que o embrulho poderia conter e de como ele veio parar nas suas mãos, o homem passa o dia relembrando a sua infância e adolescência ao lado do pai, figura cheia de manias engraçadas e únicas. A história do pai se mistura com a sua própria história e as situações narradas mostram a admiração que o filho tem pelo pai.
(...) “era do tipo que recebia um bom-dia como homenagem, de tudo em que se metia dava um jeito de extrair prazer pessoal, era o sujeito que todo dia, ao dormir, pensava consigo mesmo: ‘Amanhã farei grandes coisas!’”.
Na época que esse livro foi indicado no vestibular, não tive vontade de lê-lo (assim como acontece com todas as leituras obrigatórias). Li agora por indicação e acabei gostando. Acho que vou começar a ler os outros livros que ainda não li no colégio.
O site do autor
Uma entrevista com Carlos Heitor Cony
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Cem escovadas antes de ir para a cama
O livro não apresenta grandes revelações de linguagem. O que impressiona sim são as situações vividas pela protagonista da história – uma adolescente de 16 anos. E a autora do livro afirma ter vivido todas as experiências narradas.
O nome do livro vem de um hábito que a personagem tem de escovar o cabelo antes de ir dormir. Seria uma maneira de purificar-se, depois das aventuras sexuais vividas durante o dia.
Pessoalmente, reconheço que esse tipo de livros que vem surgindo, abordando aspectos sexuais e sensacionalismos de ex- garotas de programas e afins não me agrada muito. Mas esse livro, apesar de ter algumas características destes, me agradou por mostrar a insegurança da menina que, em busca de um amor verdadeiro e inteiramente correspondido, se joga nestas experiências sexuais frustrantes.
O livro escandalizou a sociedade italiana na época que foi lançado. Mesmo assim, foram muitos os que recorreram às livrarias tentando desvendar o mundo de Melissa. Em 2005, 100 escovadas antes de ir para a cama virou filme.