Para esse menino, o mundo do pai era tão fantástico que suas manias e peripécias mereceram ser retratadas em um livro. No romance Quase memória, quase-romance, Carlos Heitor Cony conta a história de um personagem que recebe um pacote na recepção de um hotel – possivelmente do pai, que morreu há 10 anos.
Paralisado com as possibilidades do que o embrulho poderia conter e de como ele veio parar nas suas mãos, o homem passa o dia relembrando a sua infância e adolescência ao lado do pai, figura cheia de manias engraçadas e únicas. A história do pai se mistura com a sua própria história e as situações narradas mostram a admiração que o filho tem pelo pai.
(...) “era do tipo que recebia um bom-dia como homenagem, de tudo em que se metia dava um jeito de extrair prazer pessoal, era o sujeito que todo dia, ao dormir, pensava consigo mesmo: ‘Amanhã farei grandes coisas!’”.
Na época que esse livro foi indicado no vestibular, não tive vontade de lê-lo (assim como acontece com todas as leituras obrigatórias). Li agora por indicação e acabei gostando. Acho que vou começar a ler os outros livros que ainda não li no colégio.
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Uma entrevista com Carlos Heitor Cony
domingo, 27 de janeiro de 2008
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