No livro aparecem personagens caricaturais da década de 50. Dona Hilda Manfredi, por exemplo, é locutora de um programa de rádio e encarna Madame Zohra, que dá conselhos aos seus ouvintes - a maioria donas de casa.
A história de encerra com a volta de Manfredo para casa e uma típica cena de Soap Ópera (Ópera de Sabão = novela) e a instalação da primeira TV da família na sala, que marca o início da presença do aparelho na vida dos brasileiros.
Pelo trecho abaixo, podemos ver que Marcos Rey parece meio pessimista com a adoção da televisão nas famílias brasileiras:
"Nascia naquela cena a dependência dum novo vício familiar, que reduziria o diálogo do casal, as horas de sono e as saídas boêmias de Manfredo".
O livro é escrito em pequenos blocos, de acordo com a perspectiva de cada personagem. Esses blocos se emendam no final, na cena da chegada da televisão. Ópera de Sabão me fez ter vontade de ler mais livros de Marcos Rey em 2008.
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