sábado, 15 de março de 2008

Meu Nome é Vermelho


É. As férias chegaram ao fim. E é exatamente agora que começo a postar algumas resenhas de livros que li durante esse tempo. Um deles foi Meu Nome é Vermelho, de Orhan Pamuk. A história acontece em Istambul, no século XVI e começa quando um iluminista é encontrado morto em um poço. A partir daí se desenrolam as investigações para saber quem o matou.

Desvendando o peculiar universo dos iluministas, percebemos que o motivo de suas desavenças é a encomenda de um livro pelo Sultão, que utilizaria técnicas européias de pintura – como a representação da figura do Sultão, o que é considerado pecado na cultura oriental. Pamuk consegue dar destaque a esse confronto de culturas – a oriental e a ocidental. Segundo o próprio autor, o clima da Turquia, seu país de origem, é mesmo este: um entrelaçamento destas culturas.
Em O Meu Nome É Vermelho, Pamuk utiliza uma narrativa totalmente experimental, difícil de ser encontrada em outros livros: a narrativa é contada alternadamente por diferentes personagens e um deles é a própria cor vermelha, utilizada nas pinturas dos iluministas.

O que mais me impressionou no livro foi ver em como o ambiente em que o escritor é criado influencia suas histórias. Orhan Pamuk utiliza-se do cenário turco para criar seus enredos. O autor é vencedor do prêmio Nobel da Literatura de 2006 e também escreveu Neve, que igualmente trata deste choque de culturas.
Para quem se interessar, achei uma resenha do Blog Mundo de K.

Era isso. E para quem vai começar as aulas nesta segunda, como eu, bom começo.

Um comentário:

Alexandre Kovacs disse...

Obrigado pela citação ao meu mundo. Orhan Pamuk é um autor sensacional e os dois livros são recomendações imperdíveis.